Depois da entrevista da própria Rogéria dizendo que não participaria mais da novela "Babilônia", a Globo, vendo as repercussões negativas, acabou por mudar de novo o roteiro e vai colocá-la no ar Rogéria é uma travesti. Eu era adolescente e Rogéria já era um sucesso na TV. Eu disse na TV de antigamente, com toda aura de conservadora.
A
sociedade conservadora paulista e carioca jamais agrediu ou
desrespeitou Rogéria porque ela sempre respeitou a sociedade
conservadora. Havia respeito por ambas as partes. Tanto a sociedade
respeitava Rogéria, quanto a querida Rogéria respeitava a sociedade.
Então
passou o tempo, passaram muitos anos e vieram os anos de agora. Em
pleno 2015 a Globo resolveu fazer a novela “Babilônia”. E escolheu o
estranho Gilberto Braga como escritor. Alguma coisa está errada com a cabeça de Gilberto Braga,
o mesmo grande Gilberto Braga que escreveu “Vale Tudo”. Ou teria sido
outro Gilberto Braga? Fui verificar os dados dos dois e são a mesma
pessoa no papel, mas na cabeça o Gilberto Braga de hoje é um sujeito amargo, ranzinza, infeliz.
Gilberto Braga escreveu “Babilônia” da pior maneira possível, jogando toda sua agressividade e amargura pessoal contra o público que tanto o amou. As novelas
discorrem sobre maldade desde os anos 60. Mostram intrigas e o pior do
ser humano desde as décadas passadas, mas ao invés de mostrar as
maldades do ser humano nessa, resolveu agredir a sociedade que sempre o amou.
Aquele beijo gay no primeiro capítulo, de maneira tão gratuita entre as duas grandes damas da tv brasileira, que minha mãe e minha avó amavam ver nos anos 60, foi o maior bofetão que Gilberto Braga deu no seu público.
Então alguém da Globo, depois de ver a audiência cair assustadoramente, resolveu jogar a culpa nos gays. E
decidiram sequer permitir que Rogéria, a grande Rogéria dos anos 60,
aparecesse na novela no papel que lhe cabia. Depois de tanto estrago que
o atual Gilberto Braga fez, agora a culpa foi da Rogéria.
O
pessoal que manda na novela, desde o Gilberto Braga até sei lá eu mais
quem, deveria ter vergonha e não se comportar de maneira tão
preconceituosa contra aquela que sempre foi uma pessoa amada e
respeitada pela sociedade.
Opinião de James Akel
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