quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Famosoa falam sobre Rita Lee(que completou 68 no dia 31 de dezembro)


Rita Cadillac
"Adoro aquele primeiro estilo que vem à cabeça quando falamos de Rita: óculos coloridos, calça mais justa... Sem falar no vermelhão do cabelo, que foi a sua marca registrada durante tantos anos. Amava o vermelho mas, agora, amo ainda mais esse cabelo grisalho. É impressionante como ela continua a mesma coisa, com seu estilo, e não teve medo de abandonar a tinta. Achei bárbaro... eu espero logo ter essa coragem também! Sou fã de Rita desde o começo e a vi muitas vezes - seja no Chacrinha, seja em shows ou outros programas - e sempre rolava aquela curiosidade de como ela iria aparecer. Todo mundo queria saber! Afinal, ela é diferente de tudo. Nunca teve medo de ousar e a ousadia sempre combinou com ela. Ela é a roqueira colorida."
 
Dudu Bertholini
"Rita faz parte de um time de pessoas que abriu muitos caminhos para cultura brasileira e para uma expressão individual, para sermos quem a gente tinha vontade de ser. Ela foi um dos ícones visuais que marcaram a transição de país conservador. Mostrou que a moda e a roupa podem ser um veículo de expressão, liberdade e identidade. Ela tem tem muitos looks e momentos marcantes. Nos anos 60, ela foi a mais autêntica expressão que o Brasil teve da mistura entre o estilo naif, geométrico e psicodélico.E tem o adendo que ela sempre foi muito linda! Adoro também a verve anos 80, na qual ela flerta com o guarda-roupa masculino. Tive a oportunidade de fazer o styling do último editorial de moda dela, em 2012, e fiquei impressionado com a habilidade que a Rita para posar para fotos. É uma maneira tão autêntica que só mesmo os grandes ícones do rock têm. Viva, Rita!"





Fernanda Young
“A Roupa de estrelas bordadas na tela de arrastão é a que mais me impressiona dos muitos figurinos que já usou. Rita está linda em sua magreza andrógina, sensual punk/cósmica. Ela nunca sensualiza, isso é para as tontas: Rita sempre teve a sagacidade de corromper tudo e ridicularizar as obviedades. Rita jamais seria indecente, pois a sua iconoclastia não cede ao ridículo. Linda, louca, mágica, livre, quase nua e soberana, é o que vejo na Rita de Babilônia, isso em 1978.”









Mel Lisboa
“Rita Lee sempre foi sinônimo de contravenção, rebeldia, vanguarda. Seus figurinos eram também uma forma de se expressar. Desde os Mutantes, Rita lança moda e influencia gerações e gerações. Eu tive a experiência de fazer um ensaio fotográfico com alguns dos seus figurinos e foi simplesmente fantástico. Era como se eu estivesse voltando no passado e pudesse tocá-lo. Rita também me presenteou com o vestido branco que usou na gravação de 'Jou Jou Balangandã' com João Gilberto, uma das raras vezes que pudemos vê-la romântica, angelical. Um pedido do próprio Joao, que ela acatou com gosto e ainda guardou a peça com tanto carinho. É uma grande honra para mim. E vou guardá-lo com o mesmo zelo. Ou mais.”





Ronnie Von
“Nós tinhamos uma visão muito parecida, eu e Rita. A mesma paixão pelos Beatles... Era tudo muito diferente: a gente gostava de roupas militares, algo meio de fantasia... Estávamos na mesma sintonia. E, por isso mesmo, eu achava o guarda-roupa dela adorável. Ver a Ritinha de noiva no palco, por exemplo, era perfeito e incrível. Eu pensava assim: "Ela é uma defensora da mesma tribo que eu". Eu conheço Ritinha desde que ela tinha 16 para 17 anos e foi uma das meninas mais bonitas que vi na vida! Deslumbrantemente bonita. E ela nunca usou a beleza como arma ou como ferramente para melhor se dar na vida. Essa contramão, em termos de looks e moda considerados "estranhos", era para mostrar o outro lado dela. E mesmo assim, ela não conseguia dissimular sua beleza física. Essa moça, naquela época, era o sonho dos sonhos... Mas eu era casado e não peguei. Ficamos muito amigos! Foi uma época rica de nossas vidas: como meu pai era diplomata e viajava, ele trazia os discos dos Beatles meses antes de sair daqui. Numa dessas ocasiões, chamei Ritinha para ouvir o Revolver (1966) - mono e da gravadora Parlophone - e, na minha opinião, o melhor disco dos Beatles. Nessa época, quando comecei a carreira, Os Mutantes foi o grupo do qual mais gostei. Os diretores da Record (onde Ronnie tinha o programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von, na década de 60), diziam que eu era louco de colocar aquela banda que era o contrário de tudo que se fazia. Eu fiz questão. E imagina a cena: a Rita tocando, numa (guitarra) Telecaster azul calcinha a Marcha Turca de Mozart no meu programa, ao lado dos meninos (Arnaldo e Sérgio). Tenho um orgulho enorme de tudo o que fizemos juntos”.

 

Supla
"I love Rita Lee, fuck you! Ela é uma hippie-punk no Brasil que teve a maestria de dar um 'fuck off' pra sociedade e, mesmo assim, fez sucesso. O mundo do rock é muito machista e ela conseguiu se sobressair e sempre representou bem as mulheres. Ela quer ser mulher e não uma dondoquinha idiota. Quebrou tabus e sempre foi uma mulher pra frente e isso tem a ver com as pessoas que ela sempre admirou, que não eram só os roqueiros. Dou muito valor à atitude dela. Sem contar o senso de humor e a beleza andrógena. Rita conseguiu fazer uma coisa maravilhosa, sem contar que sempre foi muito bonita, sexy e uma mulher muito interessante. Deve sair fogo por ali! Ela soube colocar a verdade dela nas musicas. O que ela canta faz muito sentido para as pessoas e esse é o maior barato! Espero que ela volte daqui a pouco pros palcos!"



Créditos: Reprodução/Divulgação

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