— As pessoas eram mais limpas, livres, íntegras e verdadeiras.
Prestes a se despedir da personagem Madalena, de “Boogie Oogie”, a atriz não sabe se o retorno ao passado foi mesmo tão positivo. Para a musa da televisão brasileira na década de 70, a novela serviu para constatar (e reafirmar) o excesso de problemas do tempo presente.
O mundo está careta, hipócrita, fingido e violento. As pessoas são simpáticas e fofinhas, mas nada é verdadeiroBetty Faria
Sobre o futuro da matriarca da trama das seis, que termina nesta sexta-feira, Betty deseja liberdade, ampla e irrestrita, em excursões pelo mundo. Contra a torcida do público — que comemora a reedição da parceria travada com Francisco Cuoco, em “Pecado capital” (1975) —, a atriz acredita que uma “vidinha simples” não combina com Madalena.
— Depois de passar por tanta chatice na família, ela deveria fazer viagens, se divertir. Essa coisa romântica que o público gosta não tem muito a ver com a personalidade dela — palpita a carioca, que não nega semelhanças com a “vovó desbunde” da ficção: — Agora sou menos deslumbrada! Acho que já gostei mais dessa farra. Adoro viajar para festivais de cinema, porque aí encontro gente do meu meio, assisto a filmes e tenho conversas interessantes.
Quando o assunto são os próximos trabalhos, Betty sussurra: “Boca fechada!” Falar do contato com jovens, no entanto, é motivo para outro comentário: “Boa pergunta!”. A mudança dos tempos sempre rende um bom papo:
— As coisas aconteceram mais facilmente para os atores mais novos. Alguns precisam de uns puxões de orelha e mais disciplina. Outros, não: são ótimos!
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